O suor arranha, o rosto escorre.
Olha o caos na palma da minha mão.
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Izabela/Bells. 20. Por aí. "A natureza dá o seu jeito; mas nós, mãe, nós somos humanos, somos contranaturais, somos antinaturais. O homem não é natural. Na verdade o homem odeia a natureza. Eu odeio a natureza, mãe, essa natureza que monocórdia me diz que vou morrer vou morrer." — Renato Essenfelder Links
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©Glamouresque. |
quinta-feira, 23 de abril de 2015
sobre ascenção e queda. e na ânsia por sentir algo, qualquer coisa, eu me enfio em relações falidas desde o início e busco razões pra sentir dor e chorar, porque até o choro que cansa e faz doer a cabeça é melhor que esse ôco. mergulho de cabeça em todos e em qualquer um pra fugir de mim e desse limbo que é o não sentir. não fui feita pra ser neutra, pro meio termo. eu preciso subir ao topo do mundo e depois me atirar de lá, me arrebentar na queda, chorar toda e cada ferida, curá-las e me recuperar. para então repetir todo o processo. quantas vezes achar necessário. pode-se dizer que é uma espécie de auto-destruição, com a diferença que sempre me reconstruo. como a fênix, que recomeça filhote depois de de entrar em auto-combustão ao final de sua vida. minha coleção de traumas serve para que eu não siga o mesmo caminho de antes, mas o destino é sempre o mesmo. o topo. e a necessidade de me atirar - ou de achar alguém que me atire - de lá vem do simples fato que, uma vez no ponto mais alto, não tem mais pra onde ir. a não ser pra baixo. e eu vou. de início, me arrependo e bato os braços como se fossem asas e como se eu, por milagre, pudesse voar. depois desisto e aceito a queda; entre cada hematoma e osso quebrado, há uma certa satisfação. cada ferida vertendo sangue tem um único significado: eu estou viva. estou sentindo cada pedaço de mim e estou ciente de tudo o que sou. estou viva e sou eu e sobrevivi e continuarei sobrevivendo a todas as escaladas e quedas. continuarei renascendo em novas versões de mim e colecionando cicatrizes e traumas. depois de passar tanto tempo desejando |