O suor arranha, o rosto escorre. Olha o caos na palma da minha mão.
Profile Izabela/Bells. 20. Por aí. "A natureza dá o seu jeito; mas nós, mãe, nós somos humanos, somos contranaturais, somos antinaturais. O homem não é natural. Na verdade o homem odeia a natureza. Eu odeio a natureza, mãe, essa natureza que monocórdia me diz que vou morrer vou morrer." — Renato Essenfelder Links 1 / 2 Archives dezembro 2012 abril 2013 maio 2013 agosto 2013 outubro 2013 novembro 2013 dezembro 2013 janeiro 2014 fevereiro 2014 março 2014 abril 2014 maio 2014 junho 2014 julho 2014 agosto 2014 setembro 2014 outubro 2014 novembro 2014 dezembro 2014 abril 2015 maio 2015 junho 2015 agosto 2015 Credits ©Glamouresque.	domingo, 31 de agosto de 2014 cisterna. quando você nasceu furaram suas orelhas pra que logo soubessem o que você era pintaram teu quarto de rosa lhe deram bonecas e disseram pros seus pais que você daria trabalho com os garotos não brinque disso não é coisa de menina! feche as pernas ao sentar e sorria não se suje seja magra seja bonita seja c o m p o r t a d a ele te bate porque gosta de você seja gentil dê uma chance não se goste não se olhe acima de tudo não se toque nós vamos te bater violentar e invadir você vai sentir dor vai chorar vai tentar gritar mas nós vamos abafar você vai assentir e acreditar quando dissermos que essa sua vivência é privilégio quinta-feira, 21 de agosto de 2014 merthiolate você não está mais em todos os lugares e eu não te busco mais em todas as pessoas mas continua presente como se nunca tivesse ido de verdade a ausência não dói mais como ferida aberta e sangrando mas toda vez que começa a cicatrizar eu tiro a casquinha desfaço os pontos e o sangue volta a escorrer é aquele machucado no dedo que você não sente arder até precisar lavar as mãos tenho lavado as mãos cada vez menos mas tenho a sensação de que esse machucado dói cada vez mais domingo, 17 de agosto de 2014 desembarque da barra funda eu fui mais longe que já tinha ido até então e voltei chorando de alegria sem saber o choro de dor que me aguardava no depois no brás eu a encontrei entre beijos e abraços mãos tremidas voz falha bolsas e solados escadas e catracas a multidão e nós no tietê ela estava tão pequena perfeita pro meu abraço guardei em casa e no peito a lembrança a saudade brigadeiro-trianon-consolação bocas estranhas e velhas conhecidas amores momentâneos atração com gosto de álcool sentadas no chão ou em algum sofá cheirando a ressaca tantas vezes eu fui e voltei com as mãos trêmulas ou os olhos cheios d'água agora me pergunto o que será que me aguarda indo e voltando nesses vagões da nova linha 4 amarela