O suor arranha, o rosto escorre.
Olha o caos na palma da minha mão.
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Izabela/Bells. 20. Por aí. "A natureza dá o seu jeito; mas nós, mãe, nós somos humanos, somos contranaturais, somos antinaturais. O homem não é natural. Na verdade o homem odeia a natureza. Eu odeio a natureza, mãe, essa natureza que monocórdia me diz que vou morrer vou morrer." — Renato Essenfelder Links
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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
perchè lo sai De todas as lembranças, de todos os pequenos detalhes, daquelas coisas que a gente guarda na memória mesmo sendo insignificante para os outros, de todas essas coisinhas, eu tenho uma e só uma que gostaria de reviver todos os dias. É uma memória curta cujo significado é maior que eu. Eu estava ali encostada, esperando, tremendo, ansiosa, encarando a porta, dezenas de pessoas ao meu redor rindo e conversando, nenhuma delas era quem eu queria. Então ele apareceu ali naquela porta na minha frente, molhado, guardachuva embaixo do braço e cabelo bagunçado... e finalmente me notou naquele canto, olhando, esperando. Tudo isso não levou mais que um ou dois segundos mas, veja bem, pra mim aconteceu em câmera lenta. Nossos olhares se cruzaram e ele sorriu. E é isso. Ele sorriu e eu gostaria de reviver e rever esse sorriso todos os dias da minha vida. Um sorriso nervoso, ansioso e aliviado, um sorriso de quem sabia. Não levou muito pra me abraçar e me tomar nos braços e fazer com quem chamássemos a atenção de todos no lugar e, não vou negar, reviveria esse abraço todos os dias também. Mas é o sorriso. É o que eu vi ali e nunca tinha visto em nenhum outro lugar. É o que eu gostaria de mostrar ao mundo na hora de explicar como me sinto, porque é auto-explicativo mas não há palavras que expliquem. Ele sorriu com a boca, os dentes, os olhos e o corpo ao me reconhecer e isso bastou. E eu viveria nesses segundos pra sempre porque estou sorrindo de volta pr'aquele sorriso até hoje. Na verdade, graças à ele eu não sei mais parar de sorrir. Come ti vidi |