O suor arranha, o rosto escorre.
Olha o caos na palma da minha mão.
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Izabela/Bells. 20. Por aí. "A natureza dá o seu jeito; mas nós, mãe, nós somos humanos, somos contranaturais, somos antinaturais. O homem não é natural. Na verdade o homem odeia a natureza. Eu odeio a natureza, mãe, essa natureza que monocórdia me diz que vou morrer vou morrer." — Renato Essenfelder Links
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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
perchè lo sai De todas as lembranças, de todos os pequenos detalhes, daquelas coisas que a gente guarda na memória mesmo sendo insignificante para os outros, de todas essas coisinhas, eu tenho uma e só uma que gostaria de reviver todos os dias. É uma memória curta cujo significado é maior que eu. Eu estava ali encostada, esperando, tremendo, ansiosa, encarando a porta, dezenas de pessoas ao meu redor rindo e conversando, nenhuma delas era quem eu queria. Então ele apareceu ali naquela porta na minha frente, molhado, guardachuva embaixo do braço e cabelo bagunçado... e finalmente me notou naquele canto, olhando, esperando. Tudo isso não levou mais que um ou dois segundos mas, veja bem, pra mim aconteceu em câmera lenta. Nossos olhares se cruzaram e ele sorriu. E é isso. Ele sorriu e eu gostaria de reviver e rever esse sorriso todos os dias da minha vida. Um sorriso nervoso, ansioso e aliviado, um sorriso de quem sabia. Não levou muito pra me abraçar e me tomar nos braços e fazer com quem chamássemos a atenção de todos no lugar e, não vou negar, reviveria esse abraço todos os dias também. Mas é o sorriso. É o que eu vi ali e nunca tinha visto em nenhum outro lugar. É o que eu gostaria de mostrar ao mundo na hora de explicar como me sinto, porque é auto-explicativo mas não há palavras que expliquem. Ele sorriu com a boca, os dentes, os olhos e o corpo ao me reconhecer e isso bastou. E eu viveria nesses segundos pra sempre porque estou sorrindo de volta pr'aquele sorriso até hoje. Na verdade, graças à ele eu não sei mais parar de sorrir. Come ti vidi quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
um contentamento descontente. Se eu conseguisse, escreveria um poema sobre cada detalhe seu. Porque isso é o mínimo que cada gesto seu merece. Isso é, se eu pudesse. Se houvesse palavras o bastante, que descrevessem com fidelidade aquilo que vejo em você. Mas não há e eu tento, eu teimo, eu quebro a cabeça, rabisco papéis e judio do bloco de notas do meu celular. Só que não há. Eu poderia chamar aqui Vinicius, Leminski e até Camões, mas nem Os Lusíadas seria o bastante, com o perdão dos meus professores de literatura. Há dias eu busco palavras, não só para escrever, mas para explicar para mim mesma o que passa aqui dentro por sua causa e falhei e continuo falhando. Todos os dias eu fico assim, meio boquiaberta, nessa saudade que não é só saudade e nesse amor que parece ser um pouquinho mais que amor. Tentei contar para as amigas e só saiu "é que sei lá" ou "sabe quando você não sabe explicar o que sente?". Porque eu sei lá, eu não sei! Eu não sei o que é isso que naquele domingo me fez, desde o primeiro segundo, não querer te soltar mais. Eu não sei o que é que faz com que nossos silêncios sejam tão significativos e agradáveis. Eu não sei o que é nas suas ideias que me deixa tão fascinada por tudo o que você diz. Eu não sei o que é no seu corpo que torna a distância dele pro meu algo tão dolorido. Eu não sei como começar a falar sobre você e não sei como terminar também, porque desato a falar e não consigo parar. Eu não sei parar. De pensar, de querer, de sorrir, de cantar pela casa, de falar com as paredes e de passar nossos momentos feito um filme na minha cabeça. Eu não sei o que é e, sinceramente, não importa. Eu descubro no caminho, mesmo sem saber que caminho é esse. Porque isso também não importa. É só você caminhar comigo. |