O suor arranha, o rosto escorre.
Olha o caos na palma da minha mão.
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Izabela/Bells. 20. Por aí. "A natureza dá o seu jeito; mas nós, mãe, nós somos humanos, somos contranaturais, somos antinaturais. O homem não é natural. Na verdade o homem odeia a natureza. Eu odeio a natureza, mãe, essa natureza que monocórdia me diz que vou morrer vou morrer." — Renato Essenfelder Links
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quarta-feira, 27 de novembro de 2013
traumatisme costumava dizer que tinha me acostumado com idas e vindas, mas a verdade é que me traumatizei. como quem checa o celular a cada cinco minutos esperando alguma mensagem, eu checo minha vida e as pessoas ao meu redor, pra ter certeza de que elas ainda estão aqui. de cinco em cinco minutos, de dois em dois. sentindo uma falta desesperada e desesperadora de quem sequer saiu daqui. uma criancinha chorando de medo no canto de um quarto. medo do quê? ficar sozinha consigo mesma, porque esse é o pior tipo de solidão que pode existir. aquela dentro da sua cabeça, quando a companhia dos teus pensamentos é pior que qualquer outra companhia inconveniente. não me deixe sozinha, não me deixe pensar, por favor. por favor! o pensamento é perigoso, o pensamento mutila, o pensamento mata - mas não sem antes torturar. vai arrancar uma coisa de cada vez, como um torturador arranca unhas dos dedos de sua presa. e eu vou sangrar devagar e eu vou secar e eu vou quase que sumir. vou definhar e apodrecer. e nada do que eu amo em mim ou do que qualquer um ame em mim vai ficar pra contar história. não me deixe sozinha, não me deixe perder o fio da minha meada, não me deixe sair da minha trilha. sou aquela criança chorando no canto do quarto e vivo tropeçando nos meus pés, a vista embaçada, os joelhos fracos. eu vou cair e me ralar e querer desistir, ficar ali no meio do caminho. é preciso paciência e é justamente por isso que passo a vida checando se ainda está "todo mundo" por perto. porque paciência acaba e meu maior medo é esgotar a paciência de quem me ajuda a caminhar e beija meus joelhos ralados. por favor, não perca a paciência, não me deixe sozinha, não me deixe pensar. pensar mata. pensar ainda vai me matar. |